Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, no Brasil a incidência de catarata é 29% maior nas mulheres do que nos homens, acima de 60 anos.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, uma das explicações para esta diferença são os picos de estrógenos do ciclo menstrual ao longo da vida reprodutiva, que estimulam a opacificação do cristalino que caracteriza a catarata. Além disso, a terapia de reposição hormonal feita pelas mulheres após a menopausa aumenta a produção da proteína C-reativa, que está associada à opacificação do cristalino.

Outros fatores de risco para o desenvolvimento da catarata são a maior exposição dos olhos à radiação UV nos banhos de sol prolongados, o estresse da dupla jornada de trabalho e a maior prevalência do diabetes entre elas.

Para proteger os olhos da radiação ultravioleta, o uso de óculos com filtro UV é indicado inclusive nos dias nublados e em ambientes fechados, porque, além do sol, a luz fria e os dispositivos eletrônicos, como computadores celulares e tablets, também emitem a chamada luz azul nociva. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda proteger os olhos com lentes que filtram 100% da radiação solar sempre que esta ultrapassar o índice de 6 e, para quem usa dispositivos eletrônicos, o ideal é estar protegido o tempo todo.

Fonte: Optview